Alunos de Artes Visuais são graduados em municípios do interior

No dia 28 de setembro, formandos do curso a distância de Artes Visuais receberam o diploma de graduação em Santa Isabel do Rio Negro e Tefé, no interior do Amazonas, em cerimônia on-line transmitida pelo canal da Ufam no YouTube. A solenidade foi presidida pelo reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, com a mesa de honra composta pelo diretor da Faculdade de Artes, professor João Gustavo Kienen, o diretor do Centro de Educação a Distância da Ufam, professor João Victor Figueiredo Cardoso Rodrigues, a paraninfa das e coordenadora do curso, professora Núbia Najar Dias, integrante do corpo docente do CED, e a coordenadora acadêmica da Faculdade de Artes da Ufam, professora Lucyanne de Melo Afonso.

Mesa de Honra

Com os formandos de Santa Isabel do Rio Negro

Os alunos de Santa Isabel do Rio Negro homenagearam, como nome da turma, o professor Fernando Antônio da Silva Júnior e, como patrono, o prefeito do município, José Ribamar Fontes Beleza.

O reitor destacou a presença da Ufam no município, lembrando que já havia estado ali havia dois meses, para a formatura de alunos indígenas e, desta vez, outorgando grau a 24 alunos de Artes Visuais. Também comentou sobre fortalecer a presença da Ufam no local, acrescentando que “o prefeito e sua competente equipe farão os investimentos necessários para que os licenciados possam fazer a diferença com a formação que receberam”.

O diretor do CED, professor João Victor Rodrigues, ao citar que realizar um curso superior no interior do Amazonas é difícil devido ao deslocamento entre os próprios municípios, comemora com os graduandos: “vocês lograram êxito, com todo o apoio da Faculdade de Artes, sempre muito parceira em todas as propostas. Não esperamos levar apenas um curso, mas a experiência em levar a Universidade para os municípios, para que vocês possam fazer a diferença no município de vocês”. O diretor agradeceu o apoio do reitor, da vice-reitora e do pró-reitor de Ensino.

A professora Núbia Dias ressaltou a ação dos alunos na “luta por uma educação mais humana, que respeite o processo de formação integral da pessoa para além da formação para o mercado”, evidenciando que no Brasil há carência de produção cultural acessível a todos, as Artes não são tidas como uma disciplina importante na escola básica e, por isso “em um país com essas características, quem se forma licenciado em Artes Visuais, assume, desde já, um protagonismo notável”.

A professora Lucyanne Afonso arrematou: “agora vocês são responsáveis por levar a voz das artes para o mundo, o que é facilitado pelo fato de a Amazônia ser internacional”.

Formandos de Santa Isabel do Rio Negro

Representando os formandos, o discente orador Horebe Cardoso, ao agradecer os professores e familiares dos alunos, resumiu a trajetória da turma em uma analogia ao tratamento das joias: “Entramos nessa universidade como pedras preciosas brutas, cheias de pó, mas fomos lapidados em um processo que levou quatro anos. Hoje estamos brilhantes e até esse dia chegar, contamos com a ajuda de excelentes profissionais, nossos professores. Ainda me lembro da primeira vez que acessei o Portal da Ufam e a formatura parecia um dia tão distante. E hoje estamos no dia da formatura. Agora é aproveitar as oportunidades que surgirem pela frente”.

Com os formandos de Tefé

O grau foi outorgado a 13 formandos, que homenagearam com o nome da turma a professora Claudia Carnevskis Bellan, e como patronesse a senhora Débora Soares.

O professor Sylvio Puga comentou que os formandos de Tefé podem entrar para a história da Ufam, por estarem no coração da Amazônia, lugar de interesse mundial, transformando a região por meio da arte, destacando que, por concluírem o curso em meio à pandemia, os recém-graduados “provam para a sociedade de Tefé, do Médio Solimões e do Brasil o quanto foi trabalhoso se reinventar durante esse processo de formação. Juntos passamos pela crise sanitária e chegamos hoje, em um momento de celebração, com a vitória, inicialmente, individual de cada um de vocês, mas também coletiva. Coletiva porque abrange o trabalho do CED, Faartes, Ufam e dos familiares e amigos dos recém-formados”.

A oradora da turma, Karina Reis, lembrando da trajetória dos recém-formados, comparou a turma à Monalisa, do pintor Leonardo Da Vinci: “a paisagem no fundo da pintura indica harmonia, que pode ser sintetizada como os dias que passamos juntos ao longo desses anos; o sorriso de Monalisa representa nossos momentos felizes que podemos sintetizar como as aulas de cerâmica, desenho artístico, pintura, desenho de modelo vivo e outros; o olhar de Monalisa representa a expressão carregada de intensidade e traz os momentos fervorosos que nos deixou marcas representativas para o nosso caminho enquanto professores e profissionais”, destacou a recém-formada.   

Ao falar para a turma de Tefé, a professora Núbia Dias associou a turma à transformação e superação: “tive contato com todos vocês desde o início do curso, mas, aqueles não são os que estão aqui se formando. A meu ver, existem quatro ingredientes fundamentais para essa mudança: percepção, coragem, perseverança e humildade. Se vocês chegaram aqui hoje é porque venceram todos os obstáculos para se tornarem professores de Artes. Lembrem-se que quem está inserido no universo das artes é capaz de vislumbrar novos horizontes por caminhos diferentes do convencional”, enfatizou a professora.

A professora Lucyanne De Melo Afonso, ao parabenizar a turma, lembrou aos graduados que “agora vocês são, de fato e de direito, arte-educadores e nossos colegas de profissão. Façam todo o proveito desse título e muito nos honra ter participado da formação de vocês. Gostaria de agradecer ao CED por todo o suporte e a mediação tecnológica, aos docentes e aos técnico-administrativos que participaram desse processo”. 

Em sua declaração, o diretor do CED, professor João Víctor Rodrigues, disse aos graduandos que “o CED está muito feliz em contribuir com a Faartes para que vocês possam brilhar na tarde de hoje. Estamos orgulhosos de perceber que todo o empenho e trabalho dos nossos colaboradores valeu a pena porque vocês souberam aproveitar essa oportunidade. O curso acontece em um município em que a Ufam não tem uma sede e o apoio do polo presencial, incluindo o trabalho em conjunto com a Prefeitura, foi fundamental para a realização desse curso”.   

Formandos de Tefé

De acordo com o diretor da Faartes, professor João Gustavo Kienen, o papel da Ufam se vincula a entrega de profissionais capacitados à sociedade. "São esses profissionais que produzirão a transformação que apenas os licenciados são capazes de fazê-la. Nós estamos falando da sensibilidade. Além de todos os conteúdos específicos da área, nós temos um aspecto da transformação da sensibilidade. Vivemos um processo de autodescobrimento e autorreconhecimento, que transcende a si próprio, e se reconhece no outro. Vamos juntos promover essa transformação que as artes podem fazer. Obrigado por ter nos escolhido, pelo empenho durante o curso para que esse momento pudesse acontecer e, mais que isso, voltem para a Ufam na pós-graduação. Estaremos abertos e aguardando vocês”, finalizou o diretor.